domingo, 25 de outubro de 2009

A sexta estação.

A velha engrenagem trabalha continuamente, para lá e para cá. Ora puxando, ora trançando com uma musicalidade dançante, que não deixa parado o pequeno novelo. Quando o mesmo descansa, dá-se por conta quão belo o resultando de sua dança foi. Deitado a espera de Sophie, que vem vindo depressa pelo arco de entrada e acena para a luminária que responde carinhosamente com um doce balançar. Ela traz em suas mãos pequenas flores de Miosótis que com delicadeza e maestria formam uma pequenina bolsa. Sobre a mesa ela o procura, encontrando-o sorrindo e sem pensar duas vezes, forma um laço para servir de bocal para sua (que ela virá a chamar posteriormente) Mensageira Mascarada. O nome se deve ao fato de que terminada a obra, a pequena garota vê o laço aos poucos se dobrar no ar, soltando-se aos poucos e retirando de lá uma pequena criatura cintilante, de brilho púrpura e aparência de um dente-de-leão, porém, com diminutas asas formando dois pares. A pequena criatura voa na direção na garota e explode ao toque dos pequeninos dedos curiosos. Sophie maravilhada com o acontecimento, demora a notar que palavras se formaram no ar com a explosão, que eram: Eu tenho fome...

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