terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Diamantes.

Agachada, Sophie observa os dedos do pé. Observa como a areia ao poucos ia se modelando ao redor deles, conforme a água do mar ia e vinha. Sentia cada toque refrescante proporcionado pela água, como a chegada e a despedida de alguém querido. Seus olhos percorriam cada movimento, cada grão de areia que insistiam em se fingirem de pequenos diamantes ao sol.
Perdida em pensamentos, ouvia mil vozes. Algumas conhecidas, outras familiares e outras que esperava enormemente conhecer. Vozes. Algo que Sophie sempre gostou. Adorava passar horas com a pequena Navy, imaginando como seriam as vozes daqueles passageiros. Sempre quietos e fechados, como se nem ao menos possuíssem cor, era ao menos o que Navy sempre dizia em relação a eles.
Uma brisa suave, quase que como um afago nos cabelos fez com que Sophie voltasse aos seus pequenos dedos, para a areia, para o mar. Com os olhos protegidos, partiu para a estação. A parada? A sexta.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um pedido de desculpas.

Sophie, minha pequena e adorável Sophie. Não pense que por algum momento eu te abandonei. Você, adorável, dona de uma curiosidade sem igual, esperta e sempre inquieta. Acredito que por conta dessa sua personalidade é que por meses tento te encontrar, em vão. Posso senti-la sempre comigo, o seu perfume me acalma, a sua presença me conforta mas mesmo assim não consigo achar resposta para a pergunta: Onde está você? Por quais campos você tem passeado? Por quais estações você tem viajado? Quais são os lugares da minha mente fantasiosa onde você tem estado? Muitas vezes me pego pensando em quantas histórias não teremos para contar quando finalmente nos encontrarmos. Até lá, um saudoso abraço e saiba que nunca te deixarei cair no esquecimento, não deixarei que se perca dentro de mim.